Dá-me um barco
preciso navegar
solte-me as âncoras
já é tarde para ficar aqui
as ondas deste mar já molharam meu coração
não tem volta
preciso navegar
preciso encontrá-la...
...a ilha
quase desconhecida na paisagem
rios nunca antes navegados
conhecidos apenas dos que voam sobre ela
de cais imaculado
nunca atracado por nenhuma embarcação
terra desconhecida
enquanto isso eu vou
na valsa triste das ondas
que se desdobram incessantemente
em busca de terra firme
que encontram descanso
no coração do poeta
chamado
ilha desconhecida
05/06/2007
terça-feira, 24 de maio de 2011
sabe(r) Deus
"Saber sore Ti
ultrapasso nuvens rasas
alcanço-te e toco
e meus olhos se abrem
e conto histórias de amor
e os olhos deles se brilham
e já não são mais cegos..."
ultrapasso nuvens rasas
alcanço-te e toco
e meus olhos se abrem
e conto histórias de amor
e os olhos deles se brilham
e já não são mais cegos..."
Meu silêncio
ébria lucidez
dos que jazem nos sonhos
não porque morreram
nem porque dormem
mas porque querem voltar
a realidade nunca é real
a verdade sim, vai além
da retina dos seus olhos
que só vêem ruas,
nuvens e montanhas...
de tão longe que somente os sonhos podem alcançar
deixe-me quieto
com os olhos fechados
senão também ficarei cego
prefiro a inquietude do silêncio
preciso de silêncio...
02/04/2008
dos que jazem nos sonhos
não porque morreram
nem porque dormem
mas porque querem voltar
a realidade nunca é real
a verdade sim, vai além
da retina dos seus olhos
que só vêem ruas,
nuvens e montanhas...
de tão longe que somente os sonhos podem alcançar
deixe-me quieto
com os olhos fechados
senão também ficarei cego
prefiro a inquietude do silêncio
preciso de silêncio...
02/04/2008
übersteigen
Desejo-te mais que a solidão
às vezes te encontro nela
prazer...
pecado...
vaidade...
separação...
te encontrei nos campos mais profundos
de um espírito em prantos
as lágrimas choverão em nosso encontro
e lavarão minhas roupas velhas
volte logo....
...Deus
às vezes te encontro nela
prazer...
pecado...
vaidade...
separação...
te encontrei nos campos mais profundos
de um espírito em prantos
as lágrimas choverão em nosso encontro
e lavarão minhas roupas velhas
volte logo....
...Deus
Devolva-me
desejo
supremo dom
no limiar entre o prazer e pecado
solidão
o prazer da dor
entre o vazio e a sensatez
ser criador, ser criação
chorar por quem?
quem vai ouvir?
violentaram a verdade
e eu mau a experimentei
devolvam-me...
...socorro, fui roubado
amei sem ser amado...
é pau, pedra, fim do caminho...
o amor foi crucificado
(e nós ficamos tristes)
correndo de um lado ao outro
dizendo uns aos outros:
"te adoro, te adoro"
quem pagará as contas deste amor...?
quase pagão...(?)
supremo dom
no limiar entre o prazer e pecado
solidão
o prazer da dor
entre o vazio e a sensatez
ser criador, ser criação
chorar por quem?
quem vai ouvir?
violentaram a verdade
e eu mau a experimentei
devolvam-me...
...socorro, fui roubado
amei sem ser amado...
é pau, pedra, fim do caminho...
o amor foi crucificado
(e nós ficamos tristes)
correndo de um lado ao outro
dizendo uns aos outros:
"te adoro, te adoro"
quem pagará as contas deste amor...?
quase pagão...(?)
Viver...
“Doces são os olhos
mansos são os lábios
leve são as mãos
dos que olham para a vida
e serenamente se propõe a vivê-la”
mansos são os lábios
leve são as mãos
dos que olham para a vida
e serenamente se propõe a vivê-la”
sábado, 21 de maio de 2011
O porto
O porto
Há um porto
em que toda alma
começa um caminho,
uma viagem solitária
sobre espelhos infinitos
que fazem mergulhar
antes mesmo que se afunde
Há um porto
em que toda alma
começa um caminho,
uma viagem solitária
sobre espelhos infinitos
que fazem mergulhar
antes mesmo que se afunde
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Silêncio e alma
Luz,
brisa,
paz,
canção,
silêncio,
alma,
o presente
neste momento liberto-me
dos orgulhos passados
liberto-me
das possíveis glórias futuras
sou do presente
nada mais me importa
nem as muitas vozes
escolho o silêncio
a voz do silêncio
fala a língua da minh´alma
alma e silêncio
enamorados
na vaga expressão de vida
por isso olho para o sol
até que meus olhos fiquem vermelhos
Caminhos de vida não são para olhos comuns
deve-se olhar além
além dos olhos vermelhos
e dos rostos entristecidos
e cabisbaixos
olhar com o coração
alma
silêncio
e redimidos seremos
de tudo o que ensurdece a alma
brisa,
paz,
canção,
silêncio,
alma,
o presente
neste momento liberto-me
dos orgulhos passados
liberto-me
das possíveis glórias futuras
sou do presente
nada mais me importa
nem as muitas vozes
escolho o silêncio
a voz do silêncio
fala a língua da minh´alma
alma e silêncio
enamorados
na vaga expressão de vida
por isso olho para o sol
até que meus olhos fiquem vermelhos
Caminhos de vida não são para olhos comuns
deve-se olhar além
além dos olhos vermelhos
e dos rostos entristecidos
e cabisbaixos
olhar com o coração
alma
silêncio
e redimidos seremos
de tudo o que ensurdece a alma
Olhar
Vejo amplitude
não tenho alvos
tudo é largo
nada é muito sério
perdi por ter achado
o espectro de todo caminho
que envelhece todas as pessoas
eles sempre acabam lá
onde só existem velhos...
Redenção, talvez, seja
meu assunto predileto...
01/04/08
obs. ainda não encontrei um "título" que expresse esse poema.....
Se tiver alguma idéia me ajude aí....
não tenho alvos
tudo é largo
nada é muito sério
perdi por ter achado
o espectro de todo caminho
que envelhece todas as pessoas
eles sempre acabam lá
onde só existem velhos...
Redenção, talvez, seja
meu assunto predileto...
01/04/08
obs. ainda não encontrei um "título" que expresse esse poema.....
Se tiver alguma idéia me ajude aí....
Despretensioso I
Talvez não pretenda ser
nada além do que o momento queira
o pretenso final que se quer
esvai-se como poeira
Amo o simples momento
frágil na ausência de grandeza
talvez um gesto, um toque, o silêncio
que lhes garanta o mel da nobreza
30/06/2007
nada além do que o momento queira
o pretenso final que se quer
esvai-se como poeira
Amo o simples momento
frágil na ausência de grandeza
talvez um gesto, um toque, o silêncio
que lhes garanta o mel da nobreza
30/06/2007
Aos poetas
Aos donos da verdade
nem sempre verdadeira
aos sonhadores
e eloqüentes
da tinta e das penas
que transformam a loucura
em lucidez
e a sabedoria
em versos
aos que transcrevem a alma
em sentimentos de pedra e flor
devaneio...
lucidez...
paixão...
dor...
até as alegrias
espontâneas da alma
escravos do amor
Aos que me fazem sonhar
com a visão admirável
de um mundo novo
aos que transcendem
a alma e o coração,
os sonhos e os devaneios,
a alegria e a dor
e iluminados pelos céus
escreveram a voz do eterno
a todos estes
especialistas da alma
um forte abraço....
06/2005 em uma maravilhosa insônia... 5:45 h
nem sempre verdadeira
aos sonhadores
e eloqüentes
da tinta e das penas
que transformam a loucura
em lucidez
e a sabedoria
em versos
aos que transcrevem a alma
em sentimentos de pedra e flor
devaneio...
lucidez...
paixão...
dor...
até as alegrias
espontâneas da alma
escravos do amor
Aos que me fazem sonhar
com a visão admirável
de um mundo novo
aos que transcendem
a alma e o coração,
os sonhos e os devaneios,
a alegria e a dor
e iluminados pelos céus
escreveram a voz do eterno
a todos estes
especialistas da alma
um forte abraço....
06/2005 em uma maravilhosa insônia... 5:45 h
Rainha
Vem rainha minha
seja coroada
não com ouro
dou-te mais
dou-te as rosas
não de morte
dou-te as flores
de amores
que te construíram um altar
não de céu...
...da terra
és rosa bendita
lírio no vale da angústia
do coração aflito do poeta
és flor de vida
adereço do mundo
pelo simples andar...
por ele
Midas tem o ouro
tu tens as flores
beije-me senão morro
rosa de amores
06/05/2007
seja coroada
não com ouro
dou-te mais
dou-te as rosas
não de morte
dou-te as flores
de amores
que te construíram um altar
não de céu...
...da terra
és rosa bendita
lírio no vale da angústia
do coração aflito do poeta
és flor de vida
adereço do mundo
pelo simples andar...
por ele
Midas tem o ouro
tu tens as flores
beije-me senão morro
rosa de amores
06/05/2007
Inquietude I
I
Rainha das dores...
Olhos de ver alma...
Abismo de amores...
Ausência da calma...
II
Levas a loucura
o coração insano
as vezes a morte,
as vezes ao pranto...
III
És o canto da sereia
o caminho da ternura
és a sombra...
...de almas puras
IV
Desvario talvez
sabedoria? Pergunto:
O que seria de nós sem ti?
mãe de todos os poetas.
06/05/2007
Rainha das dores...
Olhos de ver alma...
Abismo de amores...
Ausência da calma...
II
Levas a loucura
o coração insano
as vezes a morte,
as vezes ao pranto...
III
És o canto da sereia
o caminho da ternura
és a sombra...
...de almas puras
IV
Desvario talvez
sabedoria? Pergunto:
O que seria de nós sem ti?
mãe de todos os poetas.
06/05/2007
Muitos de mim
Às vezes quero estar só
e reencontrar-me...
sinto que há vários de mim;
um é o original,
os outros são personagens
dos diversos mundos
(e de suas demandas).
Ainda há um outro
que carrega consigo
meus segredos mais íntimos
este passeia pelos caminhos
ocultos
da minha alma.
Uma coisa todos têm em comum;
todos querem me sufocar!
10/03/2007
e reencontrar-me...
sinto que há vários de mim;
um é o original,
os outros são personagens
dos diversos mundos
(e de suas demandas).
Ainda há um outro
que carrega consigo
meus segredos mais íntimos
este passeia pelos caminhos
ocultos
da minha alma.
Uma coisa todos têm em comum;
todos querem me sufocar!
10/03/2007
Olhos baixos (Soli Deo Gloria)
Baixos,
sempre baixos são os olhos
dos que foram vencidos
e calmamente se renderam
e nada mais assumem
senão o poder de não poder
nada em si mesmos capaz de curar um coração
que suspirou
em paixões
sem amor
e se perdeu
na altivez
dos que não se curvam
para serem grandes
o tempo todo
Assim não vivem
enquanto morrem
sem subir ao píncaro;
na altura do amor
que somente se alcança
elevando-se a cabeça
à altura dos pés do criador
...SOLI DEO GLORIA
17/05/2011
INSPIRADA NA FRASE DO AMIGO JONAS MADUREIRA - "O lugar mais alto para se chegar é aos pés de Deus"
sempre baixos são os olhos
dos que foram vencidos
e calmamente se renderam
e nada mais assumem
senão o poder de não poder
nada em si mesmos capaz de curar um coração
que suspirou
em paixões
sem amor
e se perdeu
na altivez
dos que não se curvam
para serem grandes
o tempo todo
Assim não vivem
enquanto morrem
sem subir ao píncaro;
na altura do amor
que somente se alcança
elevando-se a cabeça
à altura dos pés do criador
...SOLI DEO GLORIA
17/05/2011
INSPIRADA NA FRASE DO AMIGO JONAS MADUREIRA - "O lugar mais alto para se chegar é aos pés de Deus"
olhos mansos
Onde estás
rainha de olhos mansos
de sorriso sereno
de coração meigo
grande e seguro
de olhar de quem chorou
e com lágrimas
fez um mar
de ondas calmas
quero falar de outras coisas
mas não consigo sair de seus olhos
dizem por aí que espelhos
da alma...
alma
tú que és amante do amor,
de palavras
divinas...
e até de um poeta manco
como eu
neste encontro
acabará minha poesia?
acho que não
os desvarios de um poeta
sempre o sufocarão...
...de tanta beleza.
rainha de olhos mansos
de sorriso sereno
de coração meigo
grande e seguro
de olhar de quem chorou
e com lágrimas
fez um mar
de ondas calmas
quero falar de outras coisas
mas não consigo sair de seus olhos
dizem por aí que espelhos
da alma...
alma
tú que és amante do amor,
de palavras
divinas...
e até de um poeta manco
como eu
neste encontro
acabará minha poesia?
acho que não
os desvarios de um poeta
sempre o sufocarão...
...de tanta beleza.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
A alma cresce...
Se a alma cresce
no agudo sublime de Montserrat
tocando os céus
e a cada passo lírico
(de minha alma)
mudam-se estações
(em meu peito)
Profundos interiores
as vezes
são duros
pouco têm a esconder
e o que se esconde
logo se faz visto
como olhos incandescentes que navegam
e a tudo iluminam
até mesmo meus segredos mais profundos
não me são impunes
e me arremetem com violência
três vezes já chorei
por sete quis morrer
voei até os céus
e aprendi
que graça e luz do sol me bastam
a poesia se aperfeiçoa em seres frágeis
poetas nascem da dor e da lágrima
Continuo a vasculhar meu coração
encontro sentimentos abertos
ao belo, ao amor
e a compreensão de tudo
que é imperfeito
Vítima da verdade
não assimilada ao senso comum
vermelha como sangue
reveladora e construtora
decente e escandalosa
e assim minha alma cresce...
29/08/2007
no agudo sublime de Montserrat
tocando os céus
e a cada passo lírico
(de minha alma)
mudam-se estações
(em meu peito)
Profundos interiores
as vezes
são duros
pouco têm a esconder
e o que se esconde
logo se faz visto
como olhos incandescentes que navegam
e a tudo iluminam
até mesmo meus segredos mais profundos
não me são impunes
e me arremetem com violência
três vezes já chorei
por sete quis morrer
voei até os céus
e aprendi
que graça e luz do sol me bastam
a poesia se aperfeiçoa em seres frágeis
poetas nascem da dor e da lágrima
Continuo a vasculhar meu coração
encontro sentimentos abertos
ao belo, ao amor
e a compreensão de tudo
que é imperfeito
Vítima da verdade
não assimilada ao senso comum
vermelha como sangue
reveladora e construtora
decente e escandalosa
e assim minha alma cresce...
29/08/2007
A arte de amar-me
Queria eu amar-te
ao ver-te
e olhar-te
como ainda sustentas a arte
de expor-te
e esvaziar-te
pelo bem amado
Queria eu rasgar-me
ao ver-me
e olhar-me
como ainda sustento a arte
de trancar-me
e esvaziar-me
para não amar (amando-me)
Queria eu viver-te
e mergulhar-me
até senti-te
e ver como ainda sustentas a arte
de servir-me
para dar-te
o castigo dos que amam
E ao ver-te
amando-me
não sei como dar-te
a força que sustenta a arte
de abrir-me
para morar-te
Pois em outro horizonte
encontrei desde anteontem
um por do sol
para deitar-me...
23/07/2010
ao ver-te
e olhar-te
como ainda sustentas a arte
de expor-te
e esvaziar-te
pelo bem amado
Queria eu rasgar-me
ao ver-me
e olhar-me
como ainda sustento a arte
de trancar-me
e esvaziar-me
para não amar (amando-me)
Queria eu viver-te
e mergulhar-me
até senti-te
e ver como ainda sustentas a arte
de servir-me
para dar-te
o castigo dos que amam
E ao ver-te
amando-me
não sei como dar-te
a força que sustenta a arte
de abrir-me
para morar-te
Pois em outro horizonte
encontrei desde anteontem
um por do sol
para deitar-me...
23/07/2010
Angústia
Deitei-me,
e ao deitar morrí
e disse: "por que se morre assim?"
mortes são sacrifícios,
disse ela
com olhos tão serenos
quase vivos
Chorei,
e ao chorar morrí
e disse: "por que se morre assim?"
lágrimas são batismos,
disse ela
em lágrimas
quase santas
Morri,
e ao morrer ví
como era a vida
e a mim mesmo (quase em lágrimas) me disse:
"por que se vive assim?
Porque batismos de lágrimas
e sacrifício de dores,
redimirão meu coração
e trarão uma nova poesia
profana e redentora....
26/08/2010
e ao deitar morrí
e disse: "por que se morre assim?"
mortes são sacrifícios,
disse ela
com olhos tão serenos
quase vivos
Chorei,
e ao chorar morrí
e disse: "por que se morre assim?"
lágrimas são batismos,
disse ela
em lágrimas
quase santas
Morri,
e ao morrer ví
como era a vida
e a mim mesmo (quase em lágrimas) me disse:
"por que se vive assim?
Porque batismos de lágrimas
e sacrifício de dores,
redimirão meu coração
e trarão uma nova poesia
profana e redentora....
26/08/2010
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Terra de ninguém
Terra que olhos não vêem
terra de olhos que não vêem nada
que ande nas superfícies,
nenhum rio cujas águas correm rasas;
tudo é pleno... profundo
de dores, de alegrias,
de risos, de lágrimas...
Seus labirintos são feitos de silêncio
profundo,
outros de vozes intermináveis.
Seus vales são feitos de indecisões
e montanhas construídas de sacrifícios.
Chamam-te "terra de ninguém",
pergunto-te: "Ninguém mesmo?"
Incendeio suas matas com paixões
lavo-te nas tempestades intermináveis
de minhas lágrimas.
Construí para ti um calvário
para o teu sacrifício
para morreres aos poucos
por amar mais, por amar tudo
por entregar-se em favor do bem
que cura os maus.
Tera de solo nobre
que no rico mostra o póbre
que me veste de nudez
e de verdade
leve-me ao silêncio
onde te aquietarás
e na quietude de nossas palavras
saberemos o que fazer
23/06/2008
terra de olhos que não vêem nada
que ande nas superfícies,
nenhum rio cujas águas correm rasas;
tudo é pleno... profundo
de dores, de alegrias,
de risos, de lágrimas...
Seus labirintos são feitos de silêncio
profundo,
outros de vozes intermináveis.
Seus vales são feitos de indecisões
e montanhas construídas de sacrifícios.
Chamam-te "terra de ninguém",
pergunto-te: "Ninguém mesmo?"
Incendeio suas matas com paixões
lavo-te nas tempestades intermináveis
de minhas lágrimas.
Construí para ti um calvário
para o teu sacrifício
para morreres aos poucos
por amar mais, por amar tudo
por entregar-se em favor do bem
que cura os maus.
Tera de solo nobre
que no rico mostra o póbre
que me veste de nudez
e de verdade
leve-me ao silêncio
onde te aquietarás
e na quietude de nossas palavras
saberemos o que fazer
23/06/2008
Poema do avião
Tudo quando visto por cima é melancólico
pouco se vê do se realmente é
tudo fica igual
e as cores se misturam;
junto com elas os sonhos
Distancio-me e olho calmamente para trás
e tento lembrar q ainda há vida lá embaixo
e sonhos;
e uma história por trás de cada pontinho de luz
Logo descerei e acenderei minha luz
meio clara, meio erscura
e olharei para cima sem poder ver nada,
e olharei para dentro de mim
e verei a eternidade
pouco se vê do se realmente é
tudo fica igual
e as cores se misturam;
junto com elas os sonhos
Distancio-me e olho calmamente para trás
e tento lembrar q ainda há vida lá embaixo
e sonhos;
e uma história por trás de cada pontinho de luz
Logo descerei e acenderei minha luz
meio clara, meio erscura
e olharei para cima sem poder ver nada,
e olharei para dentro de mim
e verei a eternidade
Meu íntimo desconhecido
Meu íntimo desconhecido
Que me interpela com um simples olhar
Não sei exatamente onde estás,
apenas um Outro
que me pressiona contra a parede mais bem alicerçada de mim mesmo
e me diz o que nunca ouvi em palavras
sem usar uma palavra sequer
Que me interpela com um simples olhar
Não sei exatamente onde estás,
apenas um Outro
que me pressiona contra a parede mais bem alicerçada de mim mesmo
e me diz o que nunca ouvi em palavras
sem usar uma palavra sequer
Ao Deus desconhecido
Interpelado pelo teu olhar
não sei se caio
ou se vôo para sempre
Te amo com perguntas
mas se te vejo...
...me calo.
As palavras já não nos dizem mais nada
pouco serve...
Apenas nos olhamos
e nos sentimos.
Desejando-te calo-me
ainda mais um pouco
até o momento do batismo
em que minhas lágrimas
lavarão a minha alma
ferida de coração.
E andarei em pastos verdes
até morar em sua casa
eternamente.
26/08/2010
não sei se caio
ou se vôo para sempre
Te amo com perguntas
mas se te vejo...
...me calo.
As palavras já não nos dizem mais nada
pouco serve...
Apenas nos olhamos
e nos sentimos.
Desejando-te calo-me
ainda mais um pouco
até o momento do batismo
em que minhas lágrimas
lavarão a minha alma
ferida de coração.
E andarei em pastos verdes
até morar em sua casa
eternamente.
26/08/2010
It's raining
Hoje chove
em meu coração
nuvens amargas
tempestade...
o céu tá carregado
Será que falo sozinho?
preciso ter fé...
A previsão para a semana que vem
é de sol
preciso ter fé...
Hoje a chuva é ácida
estou sem chapéu
preciso de uma toalha
preciso ter fé...
em meu coração
nuvens amargas
tempestade...
o céu tá carregado
Será que falo sozinho?
preciso ter fé...
A previsão para a semana que vem
é de sol
preciso ter fé...
Hoje a chuva é ácida
estou sem chapéu
preciso de uma toalha
preciso ter fé...
Mundos...
O mundo se mistura
e os mundos se misturam
e fundem-se na harmonia
do prazer, ainda que efêmero
mas prazer...
prazer em conhecer-se
e humanizar-se
no olhar
no toque
e ate na simples idéia de não estar só
Humanização pelo convívio,
exercício perene, eterno
de quem sente....
e os mundos se misturam
e fundem-se na harmonia
do prazer, ainda que efêmero
mas prazer...
prazer em conhecer-se
e humanizar-se
no olhar
no toque
e ate na simples idéia de não estar só
Humanização pelo convívio,
exercício perene, eterno
de quem sente....
La Paz
És mais bela
quando as nuvens te cobre...
és ainda mais bela,
suas lâmpadas te iluminam...
Mas a escuridão que cerca toda beleza
mostra-te que és como cada um de nós.
La Paz 13/01/2011
quando as nuvens te cobre...
és ainda mais bela,
suas lâmpadas te iluminam...
Mas a escuridão que cerca toda beleza
mostra-te que és como cada um de nós.
La Paz 13/01/2011
Carta à Religião
Quebrarei o teu feitiço
e sua frágil estabilidade
direi o que não previas
não terei seus aplausos
destoarei o ritmo
de sua dança mística
de um só ritmo
frígida e adestrada
quase em pedras
tenho crises
divago meus insights
sinto-me entediado
por vezes insatisfeito
proponho variações possíveis
atiro contra a sequência
e duvido da unanimidade
assim percebes que sou diferente
em meu próprio ritmo
continuo dançando em teu salão
mas agora improviso
vou em contratempo
em harmonias menores
quase tristes (de tão belas)
assim percebes que sou diferente
A força que te sustenta
também te sufocará
e eu, eu sim serei muito forte
não hoje....
mas tudo bem
caso queira matar-me
coloque-me na próxima cruz
ó pobre Religião
e sua frágil estabilidade
direi o que não previas
não terei seus aplausos
destoarei o ritmo
de sua dança mística
de um só ritmo
frígida e adestrada
quase em pedras
tenho crises
divago meus insights
sinto-me entediado
por vezes insatisfeito
proponho variações possíveis
atiro contra a sequência
e duvido da unanimidade
assim percebes que sou diferente
em meu próprio ritmo
continuo dançando em teu salão
mas agora improviso
vou em contratempo
em harmonias menores
quase tristes (de tão belas)
assim percebes que sou diferente
A força que te sustenta
também te sufocará
e eu, eu sim serei muito forte
não hoje....
mas tudo bem
caso queira matar-me
coloque-me na próxima cruz
ó pobre Religião
O ermo
Sou o ermo
em um turbilhão de idéias,
sou as milhares de idéias
que passam sobre o ermo,
sou sentimento sublime no desvario;
poeta da inquietação,
também sou criança no parque,
também sou canção de violão
sustentado pela eternidade
e pelo amor
sou filho do tempo
e do céu
Criador.
Da sagrada concepção
a preço de sangue.
Pretensão...
...não, é verdade,
acredite em mim.
Sou criança,
sou velho,
às vezes água,
às vezes fogo.
Cativo do pensamento,
devoto do amor;
Clarice me entende,
Pablo pintou.
Sentimentos e passos oblíquos
rumo a cidade do “Sol”
em que a frigidez da alma repousará
sobre lareiras eternas...
...algum dia-12-2007 (O dia em que achei. Devo ter escrito bem antes)
em um turbilhão de idéias,
sou as milhares de idéias
que passam sobre o ermo,
sou sentimento sublime no desvario;
poeta da inquietação,
também sou criança no parque,
também sou canção de violão
sustentado pela eternidade
e pelo amor
sou filho do tempo
e do céu
Criador.
Da sagrada concepção
a preço de sangue.
Pretensão...
...não, é verdade,
acredite em mim.
Sou criança,
sou velho,
às vezes água,
às vezes fogo.
Cativo do pensamento,
devoto do amor;
Clarice me entende,
Pablo pintou.
Sentimentos e passos oblíquos
rumo a cidade do “Sol”
em que a frigidez da alma repousará
sobre lareiras eternas...
...algum dia-12-2007 (O dia em que achei. Devo ter escrito bem antes)
terça-feira, 17 de maio de 2011
Absoluto e infinito
Desejo
pelo infinito, pelo absoluto
do outro lado do mundo
vejo a mesma lua
monótona e melancólica
que faz com que a busca
permaneça intrínseca
o pois o que é extrínseco
se esgotou
pela distância
Mas o coração é assim
não se aparta de nós
nele somos
e ele somos
até que se pare...
15-01-11
pelo infinito, pelo absoluto
do outro lado do mundo
vejo a mesma lua
monótona e melancólica
que faz com que a busca
permaneça intrínseca
o pois o que é extrínseco
se esgotou
pela distância
Mas o coração é assim
não se aparta de nós
nele somos
e ele somos
até que se pare...
15-01-11
Estrada de terra
Já caminho rumo ao fim
talvez ao meio já cheguei
...ao meio, talvez
do que seria somente o primeiro passo
não sei se choro ou rio...
chorarei pelos frutos, que maduros
caíram sem serem comidos
me rirei de já estar na metade
ou quase... ou já passei...
não sei...
enquanto isso, absorto,
seguirei andando
fazendo cesta no meu avental azul
para provar o doce de frutas
que cairão sobre mim
quando meus ombros cansados
esbarrarem em arbustos
que cruzam as estradas
e que quase sempre cortam meu rosto,
mesmo que seja uma pequena marca
não posso evita-las, elas me avisam o quanto andei...
A cada semente que cai do meu bolso
cruza-se um arbusto no caminho;
sementes caem no passados
rebentos brotam no futuro
incerto... talvez...
Assim eu ando...
...e envelheço.
talvez ao meio já cheguei
...ao meio, talvez
do que seria somente o primeiro passo
não sei se choro ou rio...
chorarei pelos frutos, que maduros
caíram sem serem comidos
me rirei de já estar na metade
ou quase... ou já passei...
não sei...
enquanto isso, absorto,
seguirei andando
fazendo cesta no meu avental azul
para provar o doce de frutas
que cairão sobre mim
quando meus ombros cansados
esbarrarem em arbustos
que cruzam as estradas
e que quase sempre cortam meu rosto,
mesmo que seja uma pequena marca
não posso evita-las, elas me avisam o quanto andei...
A cada semente que cai do meu bolso
cruza-se um arbusto no caminho;
sementes caem no passados
rebentos brotam no futuro
incerto... talvez...
Assim eu ando...
...e envelheço.
Sol do meio dia
Sol que alumia a vida,
branda paz que me laçou,
em braços feridos e abertos,
Luz a mim então raiou.
Nunca deixe que se apague
esta luz que me alumia,
nem que o dia se acabe
e se torne tarde fria;
Fria tarde de tormenta,
triste dor que desatina,
olhos rasos na retina,
fria dor que não se esquenta.
Tarde vai, vem noite fria;
em meu peito o gelo, o pranto;
chorei por um acalanto,
gritei ninguém me ouvia.
Mas no meio da tormenta
uma voz então se ouvia:
"SOU a chama que te esquenta,
SOU o Sol que te alumia
Te clareio dia e noite
Te afago noite e dia
Isto me custou açoites
E o pranto de Maria
De Marias sois milhares;
Joãos, Pedros e Marias...
Que em amargas noites frias
Prantearam pelos ares
Ares que choravam dores
Noites que faltavam luz
Pranteei por meus amores
Pendurado numa cruz"
Cruz que deste ao triste pranto
Novo tom que não se via
Transformara a noite escura
Em um “Sol do meio-dia”.
Transformara a noite escura
Em um “Sol do meio-dia”...
16/07/2002
branda paz que me laçou,
em braços feridos e abertos,
Luz a mim então raiou.
Nunca deixe que se apague
esta luz que me alumia,
nem que o dia se acabe
e se torne tarde fria;
Fria tarde de tormenta,
triste dor que desatina,
olhos rasos na retina,
fria dor que não se esquenta.
Tarde vai, vem noite fria;
em meu peito o gelo, o pranto;
chorei por um acalanto,
gritei ninguém me ouvia.
Mas no meio da tormenta
uma voz então se ouvia:
"SOU a chama que te esquenta,
SOU o Sol que te alumia
Te clareio dia e noite
Te afago noite e dia
Isto me custou açoites
E o pranto de Maria
De Marias sois milhares;
Joãos, Pedros e Marias...
Que em amargas noites frias
Prantearam pelos ares
Ares que choravam dores
Noites que faltavam luz
Pranteei por meus amores
Pendurado numa cruz"
Cruz que deste ao triste pranto
Novo tom que não se via
Transformara a noite escura
Em um “Sol do meio-dia”.
Transformara a noite escura
Em um “Sol do meio-dia”...
16/07/2002
A Música
O mundo me sufoca
e tenta tirar-me tudo o que há
de paraíso, de céu, de luz e de paz
Mas há uma música
que me faz lembrar que ainda há silêncio
que ainda posso ouvir meu coração
e renascer a cada dia, e respirar
e não dizer que a vida já morreu
e chorar lágrimas destiladas no amor, no belo
e em tudo que produz vida
e reproduz vida
Assim ando rumo ao infinito
vendo o fim de todas as coisas,
o silêncio de todas as vozes,
o olhar baixo de toda altivez
e de tudo o que clama por si mesmo
Então crianças poderão brincar
pois adultos não mais morrerão em seus anseios
e brincarão alegremente
e se olharão nos olhos
e verão o quanto suas almas eram puras
e usarão os dois braços para se abraçarem
e os corações baterão a um só tempo
e marcarão o compasso de danças infinitas
e até das valsas tristes
que nos lembrarão o quanto amamos.
Então se ouvirá música
e falaremos poesias
para sempre...
e tenta tirar-me tudo o que há
de paraíso, de céu, de luz e de paz
Mas há uma música
que me faz lembrar que ainda há silêncio
que ainda posso ouvir meu coração
e renascer a cada dia, e respirar
e não dizer que a vida já morreu
e chorar lágrimas destiladas no amor, no belo
e em tudo que produz vida
e reproduz vida
Assim ando rumo ao infinito
vendo o fim de todas as coisas,
o silêncio de todas as vozes,
o olhar baixo de toda altivez
e de tudo o que clama por si mesmo
Então crianças poderão brincar
pois adultos não mais morrerão em seus anseios
e brincarão alegremente
e se olharão nos olhos
e verão o quanto suas almas eram puras
e usarão os dois braços para se abraçarem
e os corações baterão a um só tempo
e marcarão o compasso de danças infinitas
e até das valsas tristes
que nos lembrarão o quanto amamos.
Então se ouvirá música
e falaremos poesias
para sempre...
Beijos
Beijos despretensiosos
não esperam por nada
não sonham com nada
não pedem nada
beijos sem utilidade
não servem pra nada
senão para o efêmero sabor das delícias
não dizem nada
senão o silêncio que se deseja
não sentem quase nada
senão o turbilhão de sensações que ordenam todo caos
beijos sem ordem
beijos sem horários marcados
beijos livres e sem perguntas
beijos e beijos e beijos
beijos de poesia sem rima
beijos sem acentos
beijos sem ponto final
beijos sem regras
tudo vale, tudo pode quando se beija
o mundo precisa de beijos
poetas são especialistas da alma... e do beijo
beijam com palavras
beijam os amigos
beijam seus amores
e todas flores
despretensiosos e sem utilidade são os beijos,
os beijos da alma
ósculos de fidelidade
puros, sagrados e sem fim.
não esperam por nada
não sonham com nada
não pedem nada
beijos sem utilidade
não servem pra nada
senão para o efêmero sabor das delícias
não dizem nada
senão o silêncio que se deseja
não sentem quase nada
senão o turbilhão de sensações que ordenam todo caos
beijos sem ordem
beijos sem horários marcados
beijos livres e sem perguntas
beijos e beijos e beijos
beijos de poesia sem rima
beijos sem acentos
beijos sem ponto final
beijos sem regras
tudo vale, tudo pode quando se beija
o mundo precisa de beijos
poetas são especialistas da alma... e do beijo
beijam com palavras
beijam os amigos
beijam seus amores
e todas flores
despretensiosos e sem utilidade são os beijos,
os beijos da alma
ósculos de fidelidade
puros, sagrados e sem fim.
Vivo
Vivo...
com cheiro de vida
que as vezes sinto
e toca meu coração
com canções de vida
que acalmam meu coração inquieto
prestes a perder a pazivo
com as mortes de todos os dias
que nunca fecham os olhos
nem se deixam enterrar
mas me fazem ser vivo
a cada dia
com vida, com música...
com amor.
27-04-2008
com cheiro de vida
que as vezes sinto
e toca meu coração
com canções de vida
que acalmam meu coração inquieto
prestes a perder a pazivo
com as mortes de todos os dias
que nunca fecham os olhos
nem se deixam enterrar
mas me fazem ser vivo
a cada dia
com vida, com música...
com amor.
27-04-2008
Meninos
Oh menino de alma inquieta
de amores incertos
se o crepúsculo te fascina
não pare de olhar a lua
nem as estrelas
talvez elas o guie
para fora
de si mesmo
e assim verás
a ti mesmo
e te encontrarás
nú...
e vestirás a roupa que quiser
e serás livre
24-04-2008
de amores incertos
se o crepúsculo te fascina
não pare de olhar a lua
nem as estrelas
talvez elas o guie
para fora
de si mesmo
e assim verás
a ti mesmo
e te encontrarás
nú...
e vestirás a roupa que quiser
e serás livre
24-04-2008
Despretencioso II
Acredito na simplicidade
do efêmero marcante
qual conversa despretensiosa
do amigo, do pai, de Deus
e todos os outros
que não dão a mínima as grandes cerimônias
no partir do pão
no brindar do vinho
quero estar com meus amigos
meus irmãos
e minha família simples
quero tocar com poucas notas
quero tocar em volta de fogueiras
quero errar as notas
não estou preocupado com as “notas”
basta um sorriso
eis a suprema harmonia (a mais erudita)
Quero ser simples... não vaidoso
viver momentos simples... não grandiosos
olhar em olhos simples... ser piedoso
haikais de rimas doces....
...despretensioso.
do efêmero marcante
qual conversa despretensiosa
do amigo, do pai, de Deus
e todos os outros
que não dão a mínima as grandes cerimônias
no partir do pão
no brindar do vinho
quero estar com meus amigos
meus irmãos
e minha família simples
quero tocar com poucas notas
quero tocar em volta de fogueiras
quero errar as notas
não estou preocupado com as “notas”
basta um sorriso
eis a suprema harmonia (a mais erudita)
Quero ser simples... não vaidoso
viver momentos simples... não grandiosos
olhar em olhos simples... ser piedoso
haikais de rimas doces....
...despretensioso.
Inefável
Inefável
Inefável é a voz da minha angústia
voz que não tem voz
grito sem som
choro sem lágrima
Inaudível
é o grito sem voz
o choro sem som
é o grito das lágrimas
que caem
sem serem vistas
muito menos ouvidas
e águam a aridez do solo seco...
...antes de secar
e chorar
novamente...
Perguntas sem voz
aspecto de espectro
sem as formas da existência comum
cujas respostas parecem ter a mesma forma...
...inefável
Inefável é a voz da minha angústia
voz que não tem voz
grito sem som
choro sem lágrima
Inaudível
é o grito sem voz
o choro sem som
é o grito das lágrimas
que caem
sem serem vistas
muito menos ouvidas
e águam a aridez do solo seco...
...antes de secar
e chorar
novamente...
Perguntas sem voz
aspecto de espectro
sem as formas da existência comum
cujas respostas parecem ter a mesma forma...
...inefável
Noites Claras
Noites Claras
Noite clara
peito amargo
angústia
que protagoniza o enigma
humano
existencial e da existência
parece trevas, mas é luz
luz de insônia e inquietação
acorrentado lembro-me da infância
e de suas noites escuras
tão escuras que dava medo
mas hoje é saudade
da quase insustentável leveza de ser criança
e da grandeza que perdi ao crescer
tudo que cresce tende a ser menor
talvez pela diminuição de espaço
que lhe sobra
para viver, sonhar e chorar escondido
e ao engolir estas lágrimas
nos tornamos adultos
que não sabem chorar
o que nos resta é acender a luz
e passar a noite em claro...
Noite clara
peito amargo
angústia
que protagoniza o enigma
humano
existencial e da existência
parece trevas, mas é luz
luz de insônia e inquietação
acorrentado lembro-me da infância
e de suas noites escuras
tão escuras que dava medo
mas hoje é saudade
da quase insustentável leveza de ser criança
e da grandeza que perdi ao crescer
tudo que cresce tende a ser menor
talvez pela diminuição de espaço
que lhe sobra
para viver, sonhar e chorar escondido
e ao engolir estas lágrimas
nos tornamos adultos
que não sabem chorar
o que nos resta é acender a luz
e passar a noite em claro...
Sem inspiração
Sem inspiração,
desnutrido de tudo o que é belo,
é o poeta feliz.
A reflexão é filha da inquietude
do sorriso adiado
da incompleta certeza
é pós-orgasmo sem amor
e sem cigarro
e até nas vitórias sem sentido
olha-se e pergunta por algo que lhe pareça belo
nem que seja uma dor
nem que seja um cigarro
não há óbvios
transeuntes do oblíquo
e do afluxo de obséquios
apenas por compreender o que não é reto
pois é assim,
poetas choram e riem
fora de ordem
errantes e sinceros
não quero mais escrever....
desnutrido de tudo o que é belo,
é o poeta feliz.
A reflexão é filha da inquietude
do sorriso adiado
da incompleta certeza
é pós-orgasmo sem amor
e sem cigarro
e até nas vitórias sem sentido
olha-se e pergunta por algo que lhe pareça belo
nem que seja uma dor
nem que seja um cigarro
não há óbvios
transeuntes do oblíquo
e do afluxo de obséquios
apenas por compreender o que não é reto
pois é assim,
poetas choram e riem
fora de ordem
errantes e sinceros
não quero mais escrever....
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Rio de mim mesmo
Rio de mim mesmoNa epopéia sujados que enxugam suas lágrimasem sorrisos quase alegresem amores quase singelosem dores quase tristeseles nunca falam claramenteriem de tudo, choram semprepois nada vêemnem tem olhos de ver almaapagam e acendem a luz de seus planetinhas escurosde jantar silenciosomas eu sou poetainvento meu mundocomponho minhas próprias cançõese finjo ser tristeprara chorar com todose quando riorio de mem mesmorio de mim mesmo¿é o rio de mim mesmo que me afogaem sentimentos sublimes,singelos e profanosque chegam a serem santospor amoracho quero ficar só........
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