Não quero escrever
não quero pensar profundamente
não estou triste, estou até feliz
poemas felizes são estranhos
são cantigas
Não quero ouvir música
não quero dormir
hoje não quero o silêncio
quero todas as vozes
sem obrigações
Pensamentos desconexos e esparsos
que não cumprem horário
sem liturgias
tampouco Dionísio
Quero olhar
e sentir
e calar
e falar quando quiser
tenho perguntas
mais belas que as respostas
como aquelas das crianças
quando vêem o mundo
e dentro dele perguntam: "Por que?"
Penso na canção
que não quero ouvir agora
lúcida e melancólica
longa e sem respostas
doce e sem perguntas
nem triste, nem alegre
apenas se dá
valsamente à meia luz
Penso mais um pouco
e escrevo...
pensamentos de tinta
quase ilegível
no livro
do meu coração...
27/05/2011
gostei muito!! bjs!
ResponderExcluirlindo, Paulo... lindo... parece que saiu de mim... queria ter parido esse texto... queria um tipo de maternidade com ele.. .ou parentesco. uma nostalgia luso-espanhola que me corre nas veias, tmb. Uma saudade de sei lá o que, uma dor de sei lá eu onde... Uns augustos dos campos outras florbelas espancas... amei!
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